Embu das Artes já tem o seu Conselho dos Povos Tradicionais de Matriz
Africana. Foi criado em 8/8, em reunião que contou com a presença de
representantes dos segmentos de matriz africana da cidade, de
secretários municipais e do prefeito Chico Brito. “Esse é um passo a
mais na política pública de reconhecimento dos povos tradicionais e na
ofensiva da identidade do povo brasileiro”, declarou o prefeito. Chegou a
entoar um canto – “Eu vi mamãe oxum na cachoeira/Sentada na beira do
rio/Colhendo lírio lirulê/Colhendo lírio lirulá” –, que disse ter
aprendido no terreiro da tia, no Parque Arariba, e foi acompanhado pela
plateia de cerca de 150 pessoas, no Centro Cultural Mestre Assis. O
canto coletivo é uma linguagem, como um jogo musical de perguntas e
respostas, usada tradicionalmente pelos povos de origem africana.
O presidente da Associação Federativa dos Templos de Ubanda e
Candomblé de Embu das Artes (Afucea), babalorixá Alexandre d’Ogun, falou
do Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos Tradicionais
de Matriz Africana para o período de 2013 a 2015 e sua importância, dos
povos jeje, ioruba e bantu. O povo bantu “está na base da origem do
País e é o que mais imigrou nos últimos 200 anos”. Segundo ele, os povos
contribuíram para a construção da língua portuguesa com mais de 5 mil
palavras faladas no Brasil. “Que as casas de axé se articulem. O Estado
tem uma reparação com o nosso povo, mas são vai acontecer se a gente não
cobrar. Hoje é um dia de grande felicidade, de reflexão. Quero
cumprimentar o prefeito pela abertura que nos tem dado”, afirmou Pai
Alexandre.
Tatá Edson, do Fórum Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional
dos Povos Tradicionais de Matriz Africana, fez considerações sobre
crimes contra a humanidade. O termo de direito internacional define
esses crimes como escravidão, assassinato, extermínio, deportação. São
atitudes desumanas contra a população, incluindo perseguição por motivos
religiosos, raciais ou políticos.
Para Marisa Araújo Silva, coordenadora da Assessoria de Promoção da
Igualdade de Gênero e Raça, da Secretaria de Assistência Social,
Trabalho e Qualificação Profissional, “o Conselho dos Povos veio para
consolidar um trabalho que já vinha sendo desenvolvido pelos povos, que
têm cadeira no Conselho Municipal de Igualdade Racial (Compir)”. Segundo
ela, os dois conselhos devem dialogar permanentemente. A assessoria
recebeu mais reforço para isso. Conta agora com Chindalena, que veio
contribuir na assessoria, na área técnica dos povos tradicionais de
matriz africana.
Pai Odési, coordenador estadual de Articulação Política do Fórum
Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos Tradicionais de
Matriz Africana (Fonsanpotma), que desenvolve o seu trabalho em Embu
Guaçu, foi o mestre de cerimônia do encontro. Atuou ao lado de Ariele
Moura, que conduziu o evento, com participação de babalorixás, ialorixás
e comunidades.
Locais de oferenda
Valéria Romão Félix da Silva, de Umbanda, acredita que uma das mais
importantes lutas do novo conselho será a liberação de locais para fazer
oferendas, como cachoeiras, lagoas, “que estão em mãos de proprietários
particulares que não entendem que esses lugares são de todos”. O
prefeito já se adiantou a essa questão, oferecendo a colaboração da
prefeitura para a limpeza dos locais, após os rituais de oferendas,
“quando os povos determinarem que podem ser retiradas”.
Compareceram ao encontro secretários municipais Roberta Santos
(Assistência Social, Trabalho e Qualificação Profissional), Geraldo
(Gera) Juncal (Gabinete), José Ovídeo (Meio Ambiente e Desenvolvimento
Urbano), Francisco Iderbal Teixeira Jr (Assuntos Jurídicos) e outros.
Conselheiros
Povo Bantu: Richard Pablo, Ebomy Amanda Antoniolli e Patrícia
Umbanda: Pai Jefferson, Pai Ozair e Mãe Nene
Povo Ioruba: Pai Leo, Mãe Viviane e Pai Adaison
Povo Jeje: Ekedy Cláudia, Elizabeth e Shirley
Afucea: Pai Alexandre e Ya Ana Rita
Fonsanpotma: Mãe Edna e Pai Odesi
Representante do Povo Bantu
Richard Pablo (Águas de Oxum)
Ebomy Amanda Antoniolli (Águas de Oxum)
Patrícia O. Antoniolli (Águas de Oxum)
Representante da Umbanda
Pai Jeferson Virmondes da Costa (Terreiro de Umbanda Ogum Guerreiro e Katina da Silva)
Pai José Ozair (Casa de Pai Benedito Caboclo de Ubirajara)
Mãe Nene - Adelina Martins da Costa (Terreiro de Umbanda Pai Xango)
Representante do Povo Yoruba
Pai Leo de Logun - Leopoldino A. de Campos (Ile Ode Loreci)
Mãe Viviane Silva (Ile Alaketu Asé Ogun Onire)
Adailson Jacobina de Oliveira (Ile Ase Oju Oba)
Representante do Povo Gege
Claudia Eliane da Silva Sobrinho (Nago Vodun Ipo Minare)
Elizabeth de Oliveira ( Nago Vodun Ipo Minare)
Shirley Evely Silva Barbosa ( Nago Vodun Ipo Minare)
Representante da Associação Federativa dos Templos de Umbanda e Candomblé (Afucea)
Pai Alexandre Rodrigues,
Ya Ana Rita da Encarnação
Representante do Fórum Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos Tradicionais de Matriz Africana (FONSANPOTMA)
Mãe Edna Carvalho,
Pai Odesi - Manoel Domingues
Jornalista Paulo Rebelo
Fonte http://www.embudasartes.sp.gov.br/noticia/ver/6853
Fundado dia 10 de Agosto de 2014 para você que é Umbandista de Raiz e verdadeiro(a). Este Jornal terá a LIBERDADE DE EXPRESSÃO sobre diversos assuntos sobre as Religiões. Este Jornal está sobre a responsabilidade da FEDERAÇÃO ESPIRITA GUARDIÕES DA LUZ de AÇORES PORTUGAL e se rege sobre as leis de liberdade Constitucional Portuguesa e dos Direitos do Homem. ATENÇÃO: A Publicidade que é apresentada não é de nossa responsabilidade, é o patrocinio da Google.
Sem comentários:
Enviar um comentário