A péssima campanha do Guarani na Série C do Campeonato Brasileiro já tem um culpado. O motivo de o Bugre estar na oitava posição do Grupo B do Nacional, com a pior média de gols do atual século, sete tentos em 11 rodadas, seria o mascote do time que estava estampado na camisa.
“Para uns, incomoda. Para outros, não. O evangélico não acredita na imagem, é insignificante. O católico já acha que é um símbolo do candomblé. O que nos foi passado é que é um símbolo do Guarani. O pedido dos jogadores foi para tirar. Eles iam se sentir mais confortáveis para atuar. Isso foi atendido. Estamos fazendo de tudo para que os jogadores fiquem confortáveis”, disse o técnico Evaristo Piza.
O Guarani é conhecido também como Bugre, em referência às tribos indígenas brasileiras. O clube adota o índio caboclo como uma espécie de protetor desde a década de 1950. A maior glória da história da equipe campinense ocorreu em 1978, quando foi campeã brasileira, um ano após o talismã ser pintada na entrada do estádio Brinco de Ouro.
Entretanto, desta vez, o que era para trazer sorte, não mudou os rumos do time nas quatro linhas e causou divergências internas. O clube decidiu colocar o índio caboclo estampado em sua camisa em maio, após vencer o Macaé e quebrar jejum de mais de dois meses, crendo que ele representaria uma nova era no Guarani. Mas de lá para cá, a equipe ganhou apenas um jogo, empatou três e perdeu dois.
A diretoria concordou em retirar o símbolo do uniforme, mas, no primeiro jogo após a mudança, o Guarani seguiu instável e empatou sem gols com o Madureira. Restam sete rodadas para os jogadores religiosos provarem que o problema do time era mesmo o índio.
Jornalista Paulo Rebelo
Fonte: http://www.otempo.com.br/superfc/jogadores-crist%C3%A3os-pedem-para-guarani-tirar-%C3%ADndio-caboclo-do-uniforme-1.902828
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